segunda-feira, 11 de junho de 2012

Rio+20 traz possibilidade de crescimento para marcas

O sucesso de grandes marcas no mundo globalizado é assumir compromissos envolvendo causas relevantes para seus stakeholders, e assim, concretizar plataformas baseadas de atitudes que ampliem seu potencial de engajamento na sociedade.

Um dos segredos para alcançar esse sucesso, é a necessidade de se criar vínculo com diferentes públicos em torno de um propósito compartilhado, mostra-se como algo mandatório para as corporações. E, quando estas questões são de largo impacto, esta demanda torna-se ainda mais evidente – como é o caso, por exemplo, do universo temático da Rio+20.

Muito se fala sobre a articulação governamental ao redor da conferência, mas ações que integrem diferentes setores são fundamentais para que o sucesso do encontro seja pensado em um patamar superior.

A palavra que tem prioridade nos dias de hoje é sustentabilidade. O termo está por todos os lados, da reunião de condomínio às decisões de Estado, mas sua onipresença ainda está longe de se traduzir em uma atuação organizada por parte das empresas, que têm papel decisivo neste processo. A realização da Rio+20, entre 13 e 22 de junho, é uma tentativa de cobrir este e outros lapsos, aprofundando o debate e a necessidade de engajamento entre Estado, corporações e sociedade civil.

O encontro marca duas décadas da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92) e pretende lançar uma perspectiva consistente para os próximos 20 anos. Entender quais são as lacunas na implementação de ações sustentáveis e apontar alternativas de atuação para cada agente da sociedade é um dos desafios da conferência. Além de avaliar o que foi feito até agora, o encontro convoca governos, ONGs e empresariado a participar das discussões que vão determinar a agenda desta nova fase.

Para isso, serão abordados dois temas principais: “Economia Verde no Contexto do Desenvolvimento Sustentável e da Erradicação da Pobreza” e “Estrutura Institucional para o Desenvolvimento Sustentável”. A participação das empresas nas discussões é fundamental não só pelo aporte que os grupos podem dar ao plano de desenvolvimento, mas porque os debates devem indicar caminhos sobre como fazer negócios de uma maneira mais consciente – e por que não, mais lucrativa – daqui para frente.

No Brasil e em outros países em desenvolvimento, a busca pela “economia verde” é indissociável do desafio da erradicação da pobreza e da redução da desigualdade social. “As grandes empresas que vão sobreviver a essa prova de consolidação são aquelas que conseguirem integrar na sua gestão a maneira de fazer seu negócio à maneira de se relacionar com a sociedade. Às vezes um grupo investe milhões em um projeto no campo social, cultural, ou ambiental, mas não cuida do impacto que seu negócio gera no meio ambiente”, avalia Fernando Rossetti, secretário-geral do GIFE – Grupo de Instituições, Fundações e Empresas.

Com a missão de difundir conceitos e práticas do uso de recursos privados para o desenvolvimento sustentável, o GIFE conta com 142 associados de origem empresarial, familiar, independente e comunitária que, juntos, investem cerca de R$ 2 bilhões por ano na área social. Deste investimento, o setor que mais ganhou atenção na última década foi o meio ambiente, que tem tido seus recursos duplicados a cada dois anos.

Uma das expectativas tanto do GIFE quanto do Instituto Ethos em relação ao Fórum de Responsabilidade Corporativa da Rio+20 é a definição de bases mais sólidas para a inovação e o incentivo às parcerias público-privadas. O entendimento geral consiste na ideia de que se faz necessário um marco regulatório mais favorável para que as empresas invistam mais sem perder competitivdade.

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